terça-feira, 2 de dezembro de 2008

CHUVAS DEVASTAM ESPÍRITO SANTO


Caio Machado Nascimento
CobiLândia, Vila Velha
Fonte: Mídia do Espírito Santo

Em Vila Velha, os bairros mais afetados pelas chuvas dos últimos dias, como Jardim Guaranhuns, Cobilândia, Jardim Marilândia e Portal das Garças, foram os que mais sofreram com o temporal na noite de 28 de novrembro, ficando novamente alagados.

O Corpo de Bombeiros divulgou que em virtude das fortes chuvas, em todo o Espírito Santo há 1.905 pessoas desalojadas, 223 desabrigadas e 55 residências notificadas por estarem em área de risco.

Os eventos que mais demandam os serviços do Corpo de Bombeiros são os de casas danificadas, com 1.050 casos; deslizamentos, com 91, quedas de muros, com 29, e de árvores, com 121. Além disso, foram realizadas 76 vistorias em locais de risco, principalmente no município de Serra, com 70 vistorias.

Os municípios mais atingidos pelas chuvas são Vila Velha, com 375 casas danificadas; 700 desalojados e 25 desabrigados. Em Inconha, são sete mil pessoas afetadas com algum tipo de prejuízo provocado pelas chuvas e 400 km de estradas danificadas, impedindo o escoamento da produção agrícola. Em Serra, são 168 desalojados e 40 desabrigados , em Viana, 69 desalojados e 41 desabrigados e, em Água Doce do Norte são 204 desalojados e 73 desabrigados. Há pessoas desabrigadas e desalojadas em 21 municípios capixabas.

Locais para fazer doações na Grande Vitória:

- Secretaria Municipal de Ação Social (Semas)
Av. Champagnat, 521, Praia da Costa.
Tels: 3185-5614, 3185- 5602 ou 3185- 5607
- Teatro de Vila Velha
Praça Duque de Caxias, Centro
- Projeto Aprender Fazer e Vender
Praça de Coqueiral de Itaparica.
Tel.: 3389-6183

O que doar: Roupas, Roupas de cama, Calçados, Colchões e colchonetes, Fraldas descartáveis, Alimentos não-perecíveis, Leite e biscoitos, Carnes em conserva, Galões de água, Móveis e eletrodomésticos.

Segunda-feira, 24 de Novembro de 2008

Assim como Vargem Alta, Baixo Guandu e Iconha, a prefeitura de Vila Velha decretou, no final da tarde desta segunda-feira (24), situação de emergência por 30 dias em função das fortes chuvas que atingem o município. Entre os motivos listados no decreto divulgado pela prefeitura estão a ocorrência de enchentes, alagamentos, erosão do calçamento de vias públicas; destruição de imóveis e desabrigo de famílias.

As interdições da Rodovia Carlos Lindenberg também foram citadas no documento, já que com os alagamentos na via, os buracos ficam cobertos de água e são um risco para os motoristas. Nesta segunda os motoristas tiveram que redobrar a atenção no trecho porque a via estava quase submersa.

A prefeitura também deu destaque para a interdição da Unidade de Saúde de Ulisses Guimarães, local onde não houve vazão necessária das águas da bacia do Rio do Congo pela Rodovia do Sol.

A chuva trouxe caos aos bairros do município, como Cobilândia, onde os valões transbordaram e as ruas ficaram intransitáveis. "Está uma calamidade. Na minha casa a água está acima da canela. Não dá para atravessar as ruas, está horrível. O valão transbordou e quem não tiver cuidado cai dentro, porque não tem marcação nenhuma", reclamou a moradora do bairro Lucilene Ramos, 41 anos.

Em Santos Dumont, alguns moradores colocaram carcaças de carros no meio de uma das pistas do bairro para evitar que o tráfego de veículos inundasse mais as casas, só que o local ficou tão alagado que os restos dos carros, como de um fusca, podiam ser vistos de longe boiando.

O aposentado Augusto Anholete, 83 anos, ficou a tarde toda agachado retirando folhas e objetos dos bueiros para que a água acumulada da rua escoasse. Triste e cansado, ele lamentou a situação do bairro em que passou a maior parte da vida. "Tudo está muito ruim aqui", disse.

A situação de alagamento foi geral até mesmo em bairros considerados nobres, como Itapoã. O valão localizado próximo à Avenida Jair de Andrade transbordou na manhã de segunda (24) e o trânsito de veículos nas ruas do bairro praticamente parou. O comerciante Deuclécio Hoffmann, 39 anos, reclamou que nos últimos dias as vendas caíram 80%. "Toda vez que chove assim ele transborda. Nosso movimento caiu muito devido à inundação. A Jair de Andrade ficou intransitável e ninguém conseguiu passar", contou. A Rua Milton Caldeira também foi uma das principais ruas do bairro que foram afetadas. "Não pude nem sair de casa e nem dormi porque a rua ficou cheia d'água. Meu carro ficou lá perto da praia porque não teve condição de passar aqui e vim a pé", disse o motorista João Luís Lírio. Nesta terça-feira (25), o prefeito Max Filho prestará mais esclarecimentos sobre o decreto de emergência do município.

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